Sunday, May 08, 2011
Istanbul
A criança da minha memória desce a estrada asfaltada em direcção ao sol. Tu, já idoso,
segues para ela num passo leve de verão. Ainda distante, preparas o sorriso e perguntas simplesmente "para onde foram os teus cowboys?"
Perderam-se, tal como tu. Foram-me saindo do corpo à medida que o tempo me consumiu a infância. Perderam-se no turbilhão das coisas
que enchem o meu presente. Agora, nem tu nem eles estão cá.
No maior eucalipto do sítio vivia uma sombra perfeita. Lá, de mãos dadas, recuperávamos a respiração e por instantes eras também
mais um dos meus heróis.
Em memória do Avô R.
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